
O Avião
A Especificação P37132 do Ministério do Ar de 1933 buscava um substituto para o biplano Hawker Hart então em serviço, o projeto da Fairey foi selecionado para produção sendo nomeado Battle e mais de 40 esquadrões voaram o tipo em serviço. Quando a guerra foi declarada, dez esquadrões pertencentes à AASF (Advanced Air Striking Force) tomaram posições em Champagne. Em 10 de maio de 1940, os primeiros bombardeios revelaram a extrema vulnerabilidade do Battle, quando 13 dos 32 comprometidos com a ação foram abatidos. No dia seguinte, oito Battles, bombardeando os alemães em Luxemburgo, foram todos abatidos. Em 15 de maio, os Battles mudaram para bombardeio noturno. Em uma semana de combate, os esquadrões de bombardeiros da AASF tiveram uma média de 50% de perdas e, durante a breve campanha francesa, 137 Battles foram perdidos. Começando na noite de 21 para 22 de julho de 1940, a RAF iniciou uma campanha de bombardeio noturno no continente, Os Esquadrões nº 12,142, 103 e 150 participaram dessas operações, e os Esquadrões nº 300 e 301 (Pol) se juntaram à batalha de 14 de agosto a outubro de 1940. A Polônia estava interessada no Battle antes da guerra e fez um pedido de 100 aeronaves em julho de 1939. 25 Battles foram enviados em setembro de 1939, mas acabaram sendo desviados para a Turquia. No entanto, vários esquadrões da Força Aérea Polonesa no Reino Unido usaram o Battle a partir de agosto de 1940, seja como bombardeiro (300, 301) ou como treinador (302, 303, 308, 317). O Esquadrão 300 (Mazovia) deixou o Battle migrando para o Wellington em novembro de 1940. A partir de 1939, o Canadá recebeu 740 Battles, incluindo 632 bombardeiros. A maioria dos Battles canadenses foram designados para unidades locais e foram usados para treinamento nas Escolas de Bombardeio e Artilharia. Essas aeronaves eram frequentemente pintadas em um padrão chamativo, a parte inferior sendo amarela e a parte superior permanecendo camuflada, mas com grandes espaços amarelos claramente visíveis. Os Battles britânicos, belgas, poloneses, gregos e sul-africanos (na África Oriental) foram usados em combate durante a Segunda Guerra Mundial.

O Kit
Os únicos Batllle nesta escala são o da Airfix, relançado inúmeras vezes e com um erro grande no desenho do nariz, e o da MPM, short run, já descontinuado. Assim um novo Battle 1/72 é um lançamento bem-vindo.
A qualidade geral da injeção é boa, as linhas de painel são finas e adequadas a escala e os detalhes, mesmo nas peças pequenas, são bem definidos e em escala. O único ponto a observar é que o plástico, nas superfícies maiores com asas e fuselagem, é um pouco rugoso, o que não se vê no Bloch 210 da mesma empresa que é um lançamento contemporâneo a este . Mas isto provavelmente vai desaparecer sob a pintura. Os profundores tem bons detalhes e as superfícies de controle são peças separadas, mas tanto o leme vertical como os ailerons, que são fixos, têm uma boa representação das superfícies enteladas. Os pontos de contato entre as arvores e as peças são pequenos e vão facilitar o trabalho de separação.
















O interior é bem detalhado com piso, assentos, pedais, manche, alavancas, painel de instrumentos e consoles. O compartimento da metralhadora de ré pode ser montado aberto ou fechado e temos três tipos diferentes de armas, já que o kit é vendido também em versões de outras nacionalidades.






















O trem de pouso é bem detalhado com o porão de rodas em peça separada, incluindo os acionadores hidráulicos. As rodas são bipartidas, com as calotas, cubos e para-lamas em peças separadas. A bequilha tem a roda separada da estrutura que é bem detalhada ainda que tenha algumas rebarbas.










O kit inclui vários tipos de escapamentos, mas apenas um deles será usado neste kit independentemente da versão escolhida. A hélice tem uma boa representação e os pontos de contado, sendo na parte central, facilitam a separação da arvore.






As transparências são de boa qualidade, sem distorções e bem translucidas. A cobertura do metralhador pode ser montada aberta ou fechada. Apesar da cobertura do piloto ser uma peça separada o manual não indica que possa ser montada aberta, mas já vi pelo menos uma montagem na internet que mostra que isso é possível, sem problemas.








A folha de decais é de boa qualidade com cores sólidas e sem falhas de registro, apenas as letras em cinza parecem ligeiramente desbotadas. Também inclusos estão os decais para os instrumentos do painel. O filme é fino, sendo do tipo que pode ser removido após a aplicação no mesmo estilo dos decais da Eduard. Com ela é possível fazer três versões como indicado no manual.








O manual todo colorido e impresso em papel de ótima qualidade, traz o histórico do avião, mapa das arvores e indicação de cores. O passo a passo é bem representado com cores diferentes para ajudar na identificação das partes e com etapas bem detalhadas.










Conclusão
O kit da Azur representa um avião, que ainda que muito mal-sucedido, foi largamente utilizado em sua época, e esta nova apresentação substitui com bastante vantagem o antigo kit da Airfix, o único ainda disponível no mercado.