Bloch MB 210 “At War”, Azur , 1/72

O Bloch 210 foi inicialmente desenvolvido como um hidroavião com dois motores radiais Gnome & Rhône em resposta a uma exigência da Aeronautique Navale. A construção do protótipo começou em 1933 e voou pela primeira vez em 23 de novembro de 1934. A instalação de trem de pouso retrátil e algumas outras modificações resultaram na versão de bombardeiro noturno com quatro tripulantes para o Armee De l’Air. Este foi designado BN4 e equipado com motores Gnome & Rhône 14 Kirs/jrs de 900 cavalos. Em 1934 e 1935, foram feitas duas encomendas de 130 unidades. O voo inaugural da primeira aeronave de produção foi em 12 de dezembro de 1935. A segunda e todas as aeronaves subsequentes tinham o diedro de asa aumentado, enquanto a terceira em diante tinha uma cauda vertical mais curta. Um total de 257 MB 210s foram produzidos para o Armee de l’Air. Dez aeronaves foram exportadas para a Romênia em 1937, enquanto outras foram enviadas para a Espanha republicana. As primeiras aeronaves francesas foram designadas para os GB 1/12 e 11/12 em Reims, e 11/19 e 11/21 em Bordeaux. No entanto, uma série de acidentes levou o Estado-Maior a aterrar os MB 210 entre setembro de 1937 e março de 1938. O treinamento aprimorado (trem de pouso retrátil e hélices de passo variável) e a substituição dos motores pelo G&R 14 N ligeiramente mais potentes (910 HP na decolagem) permitiram que os grupos de bombardeiros retomassem a conversão para o MB 210, com a mudança da designação para Bn5. O MB 210 era o bombardeiro mais difundido na Armée De l’Air no início da guerra, com 180 aeronaves divididas em 12 Groupes de Bombardement. O Estado-Maior Geral estava ciente de que a aeronave estava obsoleta e empreendeu a conversão dos grupos ainda equipados com MB 210 para tipos mais modernos (LeO 450, Amiot 350, DB-7). No entanto, a produção insuficiente da indústria aeronáutica francesa impediu que esse programa fosse concluído com sucesso. Esses grupos usaram o Bloch 210 em operações de guerra: GB 11/11 (Istres) realizou o bombardeio noturno do norte da Itália, GB 1/21 (Connântre), GB 11/21 (La Ferté-Gaucher, Nangis), GB 1/23 (Pont-Sur-Yonne, Chaumont-Semoutiers), GB 11/23 (Orange Plan-de-Dieu, Etampes), GB I/51 (La Perthe, até dezembro de 1939), GB II/51 (Troyes, até dezembro de 1939). O GB 1/23 estava em péssimas condições, as aeronaves desgastadas que ele usava foram transferidas de escolas ou outros Groupes e, consequentemente, sofreram uma alta taxa de acidentes. Ao final da Campanha Francesa, cerca de cem MB 210s permaneceram na França continental e cerca de vinte em Argel Maison-Blanche. Em julho de 1940, o MB 210 foi retirado da linha de frente.

Fonte: Manual do kit

O novo kit da Azur  tem uma boa qualidade de injeção, os detalhes são nítidos e sem falhas, os pontos de contato com as arvores são pequenos facilitando a separação e o plástico é bastante liso. O interior é bastante detalhado, temos assentos, manches, pedais, tanques de oxigênio, painel de instrumentos, consoles, radio e outros detalhes. A representação dos detalhes das estruturas internas é bastante completa, não falta ai boa diversão para que gosta de detalhar o interior, ainda que muito pouco disso deva ficar visível após a montagem. A dificuldade aqui poderá ser o fechamento da fuselagem já que é dividida em várias partes.

A asa tem uma boa representação, o mesmo valendo para os estabilizadores horizontais e vertical. No caso do estabilizador vertical, para os esquemas de pintura A e B, deve ser feita a retirada da parte superior da peça que será substituída por uma fornecida em resina 3 D. Todas as superfícies de controle são fixas. As naceles dos motores são peças separadas e encaixadas nas asas. O conjunto que forma os motores tem detalhes simples, mas adequados a escala.  Os escapamentos são bem simplificados e sem representação das aberturas. A hélice é bem representada, e os pontos de contato com a arvore são na parte central facilitando a separação.

O trem de pouso tem detalhes simples, enquanto as rodas principais, bipartidas, e a bequilha tem uma melhor representação.  O kit ainda inclui dois tipos de bombas e seus cabides externos.

Uma pequena folha de fotogravados trás alguns detalhes internos e os acionadores das superfícies de controle

As transparências são de boa qualidade, sem distorções, ainda que tenham uma leve opacidade. A torre superior e a cobertura da cabine dos pilotos tem partes separadas o que sempre vai demandar algum cuidado na montagem.

A folha de decais é bem impressa, com cores sólidas, sem falhas de registro e filem fino. Incluem as marcações nacionais e os instrumentos dos painéis internos. Com ela é possível fazer até 3 versões diferentes conforme ilustrado no manual.

O manual todo colorido e impresso em papel de ótima qualidade, traz o histórico do avião, mapa das arvores e indicação de cores. O passo a passo é bem representado com cores diferentes para ajudar na identificação das partes e com etapas bem detalhadas.

Conclusão

O Bloch MB 210 da Azur é um kit bem interessante, boa injeção, bons detalhes e um avião que bem representa bem os desenhos estranhos dos bimotores franceses do período entre guerras. Para que gosta de aviões diferentes é uma ótima escolha.

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