No total, foram construídos 3.738 Mustangs B e C. Destes, 900 foram entregues à RAF, as Forças Aéreas Polonesas na Grã-Bretanha, a RAAF, a RACF e a França Livre, que os operaram como Mustang Mk Ill. As modificações feitas pelos britânicos incluíram uma carenagem aprimorada do cockpit, conhecida como capota Malcolm que também foi implementada nos P-51As e B/Cs americanos, painéis antirreflexo atrás dos escapamentos e aletas nas aberturas do dos filtros de poeira. O P-51 B/C estava armado com quatro metralhadoras de 12,7 mm montadas nas asas, enquanto os pontos sob as asas permitiam o transporte de bombas de 250 e 500 libras, além de tanques de combustível de alumínio ou papel com capacidade de 75 e 108 galões, respectivamente. As versões P-51 B/C do Mustang entraram em serviço no Teatro de Operações Europeu no final de 1943, e passaram a desempenhar um papel fundamental na quebra da resistência da arma de caça da Luftwaffe – o Jagdverbande – durante todo o ano de 1944. Eles também foram usados no Teatro de Operações do Mediterrâneo e nas campanhas da Birmânia e da China. Além de fornecer cobertura de escolta, os Mustangs voaram em missões de apoio terrestre e estiveram ativamente envolvidos no combate aos foguetes V-1. A partir de meados de 1944, eles foram gradualmente substituídos por uma versão ainda mais nova, o P-51 D/K.
Fonte: Manual do kit
O kit
O P-51 B da Arma Hobby tem as mesmas arvores dos kits que já vimos aqui, O P-51 C e o F6-C. As mudanças neste kit se resumem as opções de pintura exclusivas de modelos B. Também houve uma alteração na comercialização dos kits, antes tínhamos duas versões, a Expert set, que vinha com máscaras e fotogravados e a normal que tinha apenas o kit básico. Agora temos apenas uma versão, sem fotogravados, mas que inclui as máscaras.
A qualidade da injeção é muito boa, com detalhes nítidos e em escala, o plástico é ligeiramente rugoso e tem um aspecto ligeiramente fosco. Notei apenas duas falhas na injeção, uma retração na lateral de uma das metades da fuselagem e outra nas pernas do trem de pouso. Nada que não seja fácil de resolver. As linhas de painel são finas e sem falhas e, assim como os rebites, são bem representadas, dando uma boa sensação de realismo.
O cockpit é muito detalhado, com duas opções de assento, manche, pedais, tubulação, bateria rádio, painéis laterais nas duas metades da fuselagem e painel de instrumentos injetado com os mostradores fornecidos em decal. Também em decal vem os cintos de segurança. Existe uma peça para representar o colimador, mas sem a transparência refletiva. Os porões de roda são também muito detalhados, com a profundidade correta e os mecanismos internos. .
As pernas do trem de pouso têm bons detalhes, mas ambas apresentavam uma pequena falha na injeção, mas isto vai ficar encoberto pela tampa. As rodas são muito bem detalhadas, mas os pneus deixam um tanto a desejar. Ainda que tenham a deformação para simular o peso do avião, os losangos são representados apenas por linhas em baixo relevo e o desenho não tem o pequeno avanço pela lateral como deveria ter. Já a bequilha é bem representada. Temos dois conjuntos de canos de descarga, com e sem a cobertura, ambos muito bem representados e em escala, mas será preciso abrir as saídas para uma melhor representação, tarefa um tanto difícil para peças tão pequenas. A Arma deu uma boa solução para a representação da fuselagem com ou sem o filete que fica antes da deriva, fazendo uma única peça, para cada situação, que engloba esta área já com os estabilizadores horizontais. O flaps são moldados de forma que sejam representados abaixados, mas as outras superfícies de controle são fixas. A hélice o spinner tem boa representação. A pequena ventilação na lateral do motor tem três acabamentos diferentes, dependo da versão. Como acessórios temos dois pares de tanques alijáveis e um par de bombas, mas não há nada para representar os canos das metralhadoras nas asas, que apesar de internas, são bastante visíveis nas fotos do avião real.
Outro ponto de engenharia interessante é que a arvore que segura a parte debaixo das asas tem a mesmo diedro da peça, e com isso protege a peça de empeno e evita que a divisão entre os porões de roda sofra uma possível quebra no transporte.
As transparências são ótimas, perfeitamente translucidas, sem deformação e muito finas o que aumenta muito a sensação de realismo. Vale notar que temos duas seções moveis, uma para representar o canopy fechado e outra para representá-lo aberto. O passo 23 da instrução mostra como devem ser colocados os trilhos para cada uma das duas situações. Também está incluída uma lente para o farol da asa. Por fim um conjunto de máscaras para o canopy e rodas.
Os decais são bem impressos, com cores sólidas e sem falhas de registro, neles além das marcações para quatro versões temos os instrumentos e consoles laterais, bem como os estênceis para a hélice e outras partes do avião.
O manual é muito bom. Todo colorido em papel de ótima qualidade. O mapa das arvores estranhamente não tem o número das peças, apenas a letra da arvore. O passo a passo é bem ilustrado com detalhes coloridos para melhor visualização, com texto e desenhos 3D quando necessário para um melhor entendimento. Na parte final temos 4 vistas coloridas de cada uma das versões da caixa.
Conclusão.
O kit da Arma Hobby tem uma ótima representação tanto no aspecto geral como nos detalhes. A solução de engenharia para representação das versões com ou sem o filete dorsal foi muito bem pensada, evitando o seccionamento da fuselagem como no kit da Academy. Certamente é um modelo bem melhor que os da Hasegawa, Revell e Academy, já que estes têm problemas diversos, desde erro nas asas até porões de roda sem a profundidade necessária.
Obrigado à Arma Hobby exemplar deste review