O Centaur e o Cromwell estão intimamente relacionados. Na verdade, ambos são derivados do Centaur I, o cruzador A24 Mark VII. Em 1942, o A27L foi nomeado “Cromwell II” e, posteriormente, Centaur. Sua origem se deu nas especificações comuns para a substituição do Crusader, emitidas no final de 1940. Os projetos foram apresentados em 1941 e a produção estava programada para 1942. No entanto, o problemático motor Nuffield Liberty com sua pouca potência, limitou as atualizações em blindagem e armamento da nova geração de cruzadores. No final, a escolha de um motor adequado foi o motivo que dividiu o novo programa Cruiser em três, de acordo com seus fabricantes de motores. Esse desenvolvimento levou tempo, o Cavalier foi o primeiro a ficar pronto, baseado no motor Nuffield existente, o Centaur foi o segundo a ser entregue.
O Centaur foi usado basicamente para treinamento, apenas as versões especializadas tiveram serviço ativo na linha de frente. A Versão CS, com um obuseiro de 95 mm (3,74 pol.), ainda que em pequeno número, fez parte do Grupo de Apoio Blindado da Marinha Real no Dia D. Muitos outros veículos especializados prestaram serviços aos Engenheiros Reais, como veículos de engenharia de combate e tratores. Também em serviço ativo estava a versão OP (postos de observação). Eles participaram de toda a campanha do norte da Europa, das praias da Normandia ao noroeste da Alemanha, em abril-maio de 1945. Ao contrário do Sherman, eles tinham uma silhueta baixa e eram mais rápidos. Mas eles também compartilhavam o interior relativamente apertado e as pequenas escotilhas do Cromwell. Fonte https://www.tanks-encyclopedia.com/ww2/gb/A27L_Cruiser_MkVII_Centaur.php
O Kit
O kit da IBG /e muito bem injetado, sem falhas ou rebarbas, com detalhes nítidos e adequados a escala. O conjunto de tração, vem basicamente numa só peça, que engloba as esteiras e todas as rodas internas. As metades externas das rodas são separadas incluindo a roda tensora. Apenas a roda tratora tem tanto a face interna quanto a externa em peças separadas. Aqui vale notar que a IBG melhorou bastante a representação das rodas de apoio, dando a profundidade correta aos discos, coisa que não acontecia nos kits d Crusader da marca. No entanto, tanto quanto no Crusader, falta a representação dos eixos das rodas de apoio que não têm ligação como casco. Ainda que seja um detalhe pouco visível, a falta deste detalhe pode incomodar o modelista mais exigente.
Os detalhes do casco são bem representados, mas algumas partes devem ser retiradas e algumas linhas fechadas, conforme mostrado na etapa 4 do manual. As escotilhas do casco são fechadas. Ferramentais, caixas, faróis são peças separadas e bem detalhadas. As proteções dos faróis, o reforço do paralamas e a grelha do motor são fornecidos na folha de fotogravados que acompanha o kit. A placa frontal tem uma opção em resina, com uma melhor representação da chapa que fechava, nesta versão, o local onde ficaria a metralhadora.
A torre é bem detalhada, o cano do canhão já vem vazado e as escotilhas podem ser representadas abertas ou fechadas.
A folha de decais é bem impressa, com filme fino e sem falhas de registro, com ela e possível fazer 6 veículos diferentes, 4 dos Royal marines no dia D e mais duas canadenses, conforme ilustrado no manual. Vale alertar que os decais da torre vão ser difíceis de assentar devido a interferência com os pinos na lateral ou será preciso cortar o decal. O ideal é que estes pinos fossem separados para serem colocados depois do assentamento dos decais.
O manual é bem impresso, em papel de boa qualidade, tem o mapa das árvores (sem a numeração das peças), ilustrações claras e bem diagramadas em um total de 9 etapas. Contém ainda as vistas coloridas das 6 versões de pintura oferecidas.
Conclusão
O kit da IBG é muito bom, os detalhes são bem definidos e perfeitamente em escala, o único senão aqui é a falta dos eixos das rodas de apoio. Ainda assim, o conjunto certamente vai permitir a construção de um modelo bem atraente, principalmente pelas marcações oferecidas.
