A Segunda versão do famoso caça naval Wildcat entrou em serviço no primeiro semestre da Guerra do Pacífico. Seu antecessor, o F4F-3, havia participado dos combates iniciais com os japoneses, provando-se eficaz em repelir ataques lançados contra grupos de porta-aviões americanos por bombardeiros inimigos baseados em terra. O F4F-3 tinha uma desvantagem, suas asas eram fixas, e isso limitava o número de aeronaves que poderiam ser armazenadas em um hangar de porta-aviões. Para eliminar essa desvantagem, os engenheiros da Grumman introduziram uma nova versão do Wildcat com asas dobráveis: o F4F-4. O avião foi equipado com uma unidade de potência aprimorada (o que forçou um redesenho da carenagem do motor) e tinha duas metralhadoras adicionais de 12,7 mm nas asas, perfazendo um total de seis. Os primeiros F4F-4 foram embarcados em porta-aviões na primavera de 1942, gerando sentimentos contraditórios. Enquanto os comandantes do grupo de porta-aviões, sem dúvida, apreciavam o aumento no número de caças à sua disposição, os pilotos da Marinha dos EUA estavam insatisfeitos com o aumento do peso do F4F-4 e seu armamento modificado. Devido à necessidade de fornecer munição ao armamento adicional, o tempo de disparo efetivo foi reduzido em aproximadamente 1/3. Outra fonte de dificuldade foram as características de manobra do Wildcat, inferiores em comparação com seu principal oponente, o caça A6M2 Zero japonês. O F4F-4 provou um bom desempenho na Batalha de Midway e na campanha das Ilhas Salomão. A Marinha dos EUA e os fuzileiros navais dos EUA enfrentaram com sucesso os caças Zero sobre Guadalcanal, usando a resistência e o poder de fogo do Wildcat. A variante britânica do F4F-4 foi o Martlet II (com o motor do F4F-3, mas com as asas dobráveis do F4F-4). Essas aeronaves participaram da Operação Torch – os desembarques aliados no norte da África – juntamente com Wildcats da Marinha dos EUA. A partir do segundo semestre de 1943, o F4F-4 foi gradualmente substituído nas unidades de linha de frente pelos mais novos Hellcats e Corsairs.
Fonte: Manual do kit
O kit da Arma Hobby tem uma excelente qualidade de injeção, sem falhas ou rebarbas, os detalhes são nítidos e perfeitamente em escala, em destaque temos as linhas de painel, na espessura e profundidades adequadas, o que nem sempre acontece nesta escala. O plástico, nas peças maiores, tem uma superfície levemente áspera o que dá um aspecto ligeiramente aveludado, certamente vai ajudar na adesão da tinta.
O interior é muito detalhado, temos piso, manche, pedais, consoles laterais, painel de instrumentos, manetes, colimador e outros detalhes, tudo muito bem representado. Os instrumentos e cintos vem na folha de decais
O motor é muito detalhado, muito mais que o usual nesta escala. Temos os dois grupos de cilindros separados, o conjunto dos escapamentos, os radiadores de óleo, a unidade redutora da hélice, os tubos das válvulas injetados. A cobertura do motor tem as duas metades separadas, com duas opções e o anel frontal em peça única, com isso é possível montar o motor parcialmente aberto, mostrando os detalhes.
O complexo sistema do trem de pouso é bem representado, com ótimos detalhes, incluindo a representação do mecanismo de acionamento. Os braços que ficam entre as pernas do trem de pouso devem ser colocados no ângulo correto e para isso temos um gabarito para ajudar neste alinhamento. Rodas, de dois tipos, e pneus tem boa representação, já com a deformação para simular o peso do avião.
As superfícies de controle têm bom detalhamento, sem os exageros que vemos em outros kits, os lemes verticais e horizontais podem ser montados em posição acionado, mas ailerons e flaps são fixos.
A hélice e os taques subalares têm boa representação. Mas será preciso cuidado ao separar a hélice da arvore devido ao posicionamento dos pontos de contato.
As transparências que incluem o canopy e as janelas inferiores têm ótima qualidade, perfeitamente translucidas e com espessura bem fina. Ainda que o canopy esteja em duas metades, o manual não informa se é possível montá-lo aberto. Acompanha o kit um conjunto de máscaras para pintura, tanto para as transparências quanto para as rodas.
A folha de decais, feita pela Techmod, é muito bem impressa, com filme fino, cores sólidas e sem falhas de registro. Com ela é possível se fazer até 3 versões diferentes, uma inglesa e duas americanas, todas da Operação Torch.
O manual em papel de ótima qualidade é muito bem impresso, contém a história do avião, indicação das arvores, mas sem o mapa com o número das peças, e indicação de pintura com referência de 7 fabricantes de tintas. O passo a passo é bem ilustrado com detalhes coloridos para chamar a atenção de pontos importantes, com texto em polonês e inglês. Temos ainda os perfis coloridos em 4 vistas para auxiliar a pintura e colocação dos decais.
Conclusão
O kit da Arma Hobby é muito bom seja na qualidade de injeção seja na quantidade de detalhes. Muito mais detalhado que o antigo Hasegawa e com detalhes mais finos e precisos que o da Airfix, ainda que este último permita representar as asas dobradas. Certamente vai fazer um ótimo modelo.
Obrigado à Arma Hobby exemplar deste review