O tanque
O A.15, Cruiser, ou Crusader, foi um dos principais tanques britânicos durante o início da Segunda Guerra Mundial. Mais de 5.000 unidades foram fabricados e deram importantes contribuições às vitórias britânicas durante a Campanha do Norte da África. O Crusader não viu serviço ativo fora da África, mas o chassi do tanque foi modificado para criar variantes antiaéreas, de apoio a incêndios, de observação, de comunicação, de escavação e de recuperação.
A primeira variante do tanque ‘Crusader I’ entrou em serviço em 1941 e, embora manobrável, tinha blindagem leve e armamento modesto. A espessura da blindagem, aprimorada para 49 mm, marcou a variante “Crusader II ‘. O principal armamento para os Crusader Mark I e II foi um canhão principal Ordnance QF 2 libras (40 mm), mas o’ Crusader III ‘ foi equipado com uma um canhão Ordnance QF 6. Canhão principal (57 mm). Esta variante era mais do que suficiente para enfrentar os tanques alemães Panzer III e Panzer IV, de meia geração, que enfrentou em combate. Como parte da 1ª Brigada Blindada, o Crusader se mostrou vital durante a Batalha de El Alamein, em Tobruk e na Tunísia. Com o tempo acabou sendo substituído pelos tanquaes americanos M4 Sherman, com melhor blindagem, canhão mais potente e principalmente mais confiabilidade mecânica. (fonte Wikipedia)
O kit
O kit da IBG é bem injetado, sem falhas ou rebarbas, os detalhes são nítidos, bem representados e adequados a escala. Dobradiças, portinholas, rebites e outros detalhes estão bem representados, com detalhes nítidos dando uma boa impressão de realismo. O conjunto de rodas e esteira tem boa representação e montagem simplificada, o que é uma boa vantagem em relação aos kits deste tanque existentes, quase todos com esteiras em vinil. No entanto o kit tem alguns problemas, os pontos de contato com as arvores nas peças pequenas são bastante grossos o que vai exigir muito cuidado na retirada e limpeza destas peças, em especial a roda tratora tem os engates moldados na parte da frente e por cima dos dentes, em 3 pontos. Será preciso cuidado e trabalho para retirar estes engates e manter a representação dos dentes. O principal problema de representação fica por conta das rodas, ainda que tenham bons detalhes, elas não têm a profundidade correta, sendo muito planas. Este é um problema em todos os kits do Crusader nesta escala, certamente alguma limitação no processo de injeção. Outra simplificação é que as rodas internas são moldadas como se fossem as externas, ou seja, não existe o eixo que liga as rodas ao casco, que por sinal tem o fundo liso sem qualquer detalhe. Isso não ficará muito visível no kit montado, mas pode ser um problema para quem for mais detalhista. Os canos de metralhadora e canhão são bem representados, mas será preciso abrir a boca para uma representação mais convincente.
A pequena folha de fotogravados traz as saias laterais, com as cintas em separado. A folha de decais é bem impressa com cores solidas e sem falhas de registro, com ela é possível fazer três versões cuja pintura esta indicada no manual.
O manual é bem impresso, trazendo o mapa das arvores, o passo a passo bem explicado e as instruções de pintura em 6 vistas coloridas.
Conclusão
O kit da IBG parece uma solução mista, com várias simplificações para facilitar a montagem ainda que com uma boa qualidade de detalhes. Apesar dos problemas e dificuldades apontadas anteriormente, o Crusader da IBG é certamente um kit bem melhor do que os existentes hoje no mercado, a montagem simplificada do conjunto rodas e esteiras tem vantagens e desvantagens, vai depender da preferência do modelista. Com cuidado na montagem este kit certamente resultará em um belo modelo.
Agradecemos a Hobbyterra pelo exemplar deste review